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Apple aposta em privacidade nos dados de Saúde para conquistar novos usuários

Além da campanha global sobre os benefícios do app Saúde da Apple, a empresa publicou um artigo sobre como ela protege dados sensíveis.

Em nova campanha, a Apple aposta na tecla da privacidade para conquistar novos usuários. Desta vez, o foco está no aplicativo Saúde, que é um hub com todos os dados sensíveis da pessoa, como condicionamento físico, duração do sono, acompanhamento do ciclo menstrual e até quais remédios são tomados.

O interesse dos usuários por opções de smartwatch e aplicativos que acompanham o bem-estar deles está diretamente ligado aos esforços da Apple na venda do Apple Watch e em serviços como o Fitness+. Mas para se diferenciar da competição, esta nova campanha não só quer deixar claro que os produtos dela garantem uma experiência melhor em um único ecossistema, como os dados estarão sempre protegidos.

Chamada de “Privacidade no iPhone | Sala de Espera”, a campanha global se passa em uma sala de espera de um consultório médico. Nela, uma narrador começa a contar os problemas de saúde de cada pessoa, menos a de um usuário de iPhone.

Apesar da campanha ter um ar cômico, as informações dadas são sérias e reforçam um forte problema dos Estados Unidos: o praticamente inexistente serviço de saúde pública. Nas entrelinhas, o que a Apple quis dizer foi: quando o usuário opta por usar um dispositivo ou aplicativo que compartilha os dados de saúde com outras empresas, isso significa que essas informações podem ser usadas para deixar um possível plano de saúde mais caro ou até mesmo ter um empréstimo no banco negado dependendo do estado de saúde da pessoa.

Estas hipóteses levantadas neste artigo parecem alarmantes, mas de fato são. Ao mesmo tempo que o usuário possa estar buscando uma vida mais saudável, os dispositivos eletrônicos também podem deixar mais evidente as doenças e limitações das pessoas. É aí que a Apple entra.

Apple quer deixar claro que os dados de Saúde são sempre do usuário

Junto dessa campanha, a Apple também publicou um documento que traz informações úteis sobre o aplicativo Saúde e como o HealthKit foi desenvolvido para proteger os dados do usuário.

A empresa diz que quando um iPhone está bloqueado com uma senha, Touch ID ou Face ID, todos os dados de saúde e condicionamento físico no app Saúde, tirando a Ficha Médica, são criptografados. Inclusive, quando esses dados vão para o iCloud, eles continuam seguros do momento da transferência até o armazenamento nos servidores da empresa.

A Apple também destaca que usuários das versões mais recentes do watchOS e do iOS que contem com a autenticação de dois fatores (mais de 95% deles) têm os dados de saúde guardados de uma maneira que nem mesmo a própria empresa poderia acessar, mesmo se ela quisesse.

Além de garantir que as soluções próprias trazem processamento de dados apenas no dispositivo do usuário, a Apple dá a opção para que eles optem por outros aplicativos e acessórios que monitoram a saúde. Neste caso, também sempre é possível revogar esses acessos para garantir a proteção dos dados.

Como alterar quais pessoas podem acessar seus dados de Saúde:

  • É possível compartilhar com familiares os seus dados de saúde, ao tocar no app com mesmo nome e depois no botão de Compartilhar, basta escolher o nome da pessoa;
  • Depois, role para baixo para ver os dados que são compartilhados;
  • Por fim, faça as alterações necessárias e depois dê o OK.

Analisando os dados compartilhados com outros aplicativos e aparelhos:

  • No aplicativo Saúde, procure a sua foto no canto superior esquerdo;
  • Lá, procure na parte de baixo por Resumo ou Busca;
  • Abaixo de Privacidade, escolha Apps ou Dispositivos. Essa lista permite ver quais dados você compartilha com outros apps;
  • Faça as alterações necessárias ao permitir ou bloquear acesso a certos dados.

Com a proximidade do anúncio do iOS 17 e do watchOS 10, a Apple deve trazer ainda mais novidades em relação ao aplicativo Saúde e ao monitoramento diário do usuário. À medida que a empresa aposta no mercado de bem-estar, dizer que as informações sensíveis de saúde são inacessíveis por terceiros é uma vantagem e tanto.

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