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Em testes nos EUA, assinaturas do Instagram permitem acessar stories e lives exclusivas

Recurso que oferece conteúdos exclusivos para assinantes já está disponível para seleto grupo de criadores nos EUA; saiba como funciona.

Desde meados de 2021, rumores dão conta de que o Instagram planeja lançar seu próprio OnlyFans – um recurso que permita aos criadores oferecer stories exclusivos aos seus seguidores, mediante o pagamento de uma assinatura.

Nesta quarta-feira (19), a rede social acaba de confirmar as suspeitas e revelar a função subscriptions, ainda sem nome oficial em português. Em razão de seguir em fase de testes, a nova funcionalidade estará limitada a um pequeno número de criadores dos EUA, devendo ser liberada para mais pessoas no futuro.

Com as assinaturas do Instagram, o criador pode definir um valor mensal de sua preferência e habilitar um botão com a opção de assinatura em seu perfil.

Em troca, o seguidor assinante terá acesso a lives e stories exclusivos, além de ganhar um selo, que aparecerá para o criador junto as mensagens e comentários do fã, a fim de identificá-lo como um subscriber.

Meta não cobrará taxas nas assinaturas do Instagram, por enquanto

Será possível iniciar lives e gravar stories exclusivamente para os assinantes (Imagem: Instagram)

No comunicado em que anunciou a nova funcionalidade, a plataforma explicou que as assinaturas do Instagram funcionarão de bastante similar ao recurso presente no Facebook. Ou seja, não haverá cobrança de taxas sobre os valores pagos pelos seguidores até 2023.

Contudo, dado que as assinaturas utilizarão o sistema de pagamentos da App Store, no iOS, e da Play Store, no Android, é de se esperar que a margem percebida pelo criador varie conforme a plataforma utilizada pelo seguidor.

Hoje, a Apple cobra 30% de todas as transações feitas na App Store, enquanto o valor cobrado pelo Google varia entre 15 ou 30%, a depender do faturamento anual do desenvolvedor.

Em novembro de 2021, nas assinaturas do Facebook, a Meta anunciou o desenvolvimento de uma série de recursos para dar mais controle aos criadores sobre a relação com os assinantes e os valores pagos por ele.

Em breve, a expectativa é de que essas novidades também cheguem às assinaturas do Instagram, permitindo que os criadores recebam por um canal diferente dos sistemas de pagamentos do Google e da Apple, a fim de não pagar taxas, ou, ainda, visualizar exatamente quanto dinheiro fica com essas empresas.

Adicionalmente, a Meta revelou que, no caso dos subscribers que autorizarem o compartilhamento de seus endereços de e-mail, fornecerá essa informação para que os criadores elaborem novas formas de se relacionar com seus fãs.

E como parte de seu investimento bilionário nessa nova economia dos criadores, a companhia de Mark Zuckerberg ainda ressaltou que trabalha num sistema de premiações para os influencers. A ideia é incentivá-los a conquistar novos assinantes oferecendo bônus e prêmios como recompensa.

Por ora, não há previsão de quando esses recursos adicionais chegarão às assinaturas do Instagram, mas todos eles já estão presentes na função existente para o Facebook.

Rede social tenta se reinventar para competir com TikTok e outros

Além de um passo na direção da crescente economia dos criadores, fenômeno que transforma plataformas digitais como Spotify, YouTube e Twitch, entre outras, em verdadeiras ferramentas de trabalho para os criadores de conteúdo, a novidade do Instagram é mais uma tentativa da rede social se reinventar.

No início do ano, conforme relatou o 9To5Mac, o Instagram também anunciou que, em breve, deverá testar novas opções de feed, incluindo a exibição de posts em ordem cronológica.

A partir de uma aba localizada no topo do aplicativo, o usuário poderá escolher se deseja que as publicações sejam listadas da forma como são hoje, com base no seu interesse, ou cronologicamente, com as mais recentes no topo.

Adicionalmente, também haverá um feed de favoritos, atuando como uma espécie de “feed secundário” com publicações somente de perfis selecionados pelo usuário.

Finalmente, né?

Essas, entre outras mudanças que deverão se seguir no futuro, são parte de uma grande estratégia da Meta, que, conforme se prepara para a web 3.0 com o metaverso, vê o Facebook sucumbir, tendo no Whatsapp e no Instagram seus produtos de maior relevância na atualidade.

Frente a concorrentes que não param de lançar novos recursos, e uma comunidade de criadores cada vez mais ativa, que monetiza tudo o que for possível, o fato da gigante de Zuckerberg só ter dado esse passo agora é até uma surpresa.

Ou será um sinal de seu declínio? Fica a dúvida.

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