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Análise: Apple AirPods, um ano depois

Conexão rápida e estável, carrega no seu bolso e também funciona no seu Android. Confira a análise do produto.


Os AirPods são uma das soluções mais inovadoras da Apple nos últimos anos. Não é à toa que a publicação Fast Company colocou a Maçã em primeiro lugar no quesito inovação graças ao iPhone X, AR e, claro, os AirPods.

O aparelho foi apresentado pela primeira vez junto com o iPhone 7, lá em 2016, quando a Apple decidiu tirar o plug de 3,5 mm do fone de ouvido de seus celulares. A solução, que nunca veio na caixa de um iPhone até agora, tem conquistado cada vez mais os usuários.

No Brasil, como sempre, os AirPods esbarram no preço: R$ 1.399. Nos Estados Unidos, o aparelho custa US$ 159 (algo em torno dos R$ 520 sem contar com impostos) e são, sem dúvidas, uma das melhores opções de fone bluetooth do mercado.

Ao começar pelo design, os AirPods são EarPods mais parrudos, graças à bateria interna deles, e sem fios. A inspiração do visual remete aos Stormtroopers de Star Wars, mas não é difícil ver um colega chamá-los de “cigarro” no ouvido. Pois é.

Na minha experiência, os fones de ouvido bluetooth da Apple encaixam sem problema algum e o método de comparação mais fácil para saber se eles vão ficar bons em você é: se os EarPods encaixam bem na sua orelha, essa será a sua experiência com os sem fio.

O interessante dos fones é que eles vêm junto de uma caixinha de fio dental que você usa para carregá-los. Feita em plástico, ela tem um indicador por dentro que mostra se a bateria está em 100% com a luz verde ou laranja, carregando.

Os AirPods, de acordo com a Apple, duram até 5 horas ouvindo música (desde que estejam em até 50% do volume total) ou 11 horas de conversação. Com 15 minutos de carga, você ganha 3 horas extras e é possível carregar os fones até quatro vezes até chegar a 0% da carga da caixinha. O acessório carrega via cabo Lightning.

No meu uso, os AirPods aguentam em torno de 4 horas, já que deixo o volume em torno de 75%, mais ou menos. Foram também raras as vezes que minha vontade de ouvir música foi maior do que a duração da bateria. É mais comum colocá-los para carregar antes mesmo de chegarem a 0%.

Simplesmente funciona quando funciona

Comprar os AirPods faz sentido quando você é um usuário de iPhone (e principalmente do ecossistema da Apple). O grande trunfo é a conexão simplificada. Graças ao chip W1 da empresa, ele permite uma configuração instantânea dos AirPods com o seu iGadget. Ao abrir a caixinha pela primeira vez próximo de um iPhone, por exemplo, ele reconhecerá os fones de ouvido e após apertar “Conectar” lá estarão eles pareados para sempre.

Automaticamente, todos os devices que usem o seu Apple ID terão os AirPods como opção no Bluetooth, mas a verdade é que se é muito fácil conectá-los ao iPhone, fazer a transição de uma música do celular para o iPad, ou para o computador, não é tão simples.

Por vezes, os AirPods ficam “pensando” se vão desconectar do iPhone para então reproduzirem a música no iPad, uma tarefa manual que muitas vezes pode ser frustrante.

No entanto, a experiência de tirar os fones da caixa e já ouvir o som de “conectado” é tão satisfatório que é só pedir para Siri começar ou continuar a tocar uma música para curtir a sua playlist favorita.

O que há neles?

Os AirPods contam com:

  • Dois microfones;
  • Dois sensores ópticos;
  • Acelerômetro com detecção de movimento;
  • Acelerômetro com detecção de voz.

Em outras palavras, as ligações com os AirPods tendem a ser boas na maioria das vezes (não muito bem dentro de um ônibus ou na ventania de uma avenida movimentada), e um dos “truques de mágica” é que ao tirar um fone do ouvido a música para automaticamente e é só colocá-lo de volta para a música voltar a tocar.

Apesar do acelerômetro, ele não conta com a opção de aumentar ou abaixar o volume fisicamente. É preciso dar dois tapas no fone para ativar a Siri e aí sim poder mexer no volume.

No iOS 11, já é possível também alterar as configurações de toque no fone para optar por pular a faixa, por exemplo.

O quão bom é o som? E a Siri?

Para ser sucinto, os AirPods soam tão bem quanto os EarPods – nem pior e nem melhor – e para a maioria das pessoas isso é o suficiente.

Não há cancelamento de ruído no fone e apesar também do chip W1 estabelecer uma conexão que é quase impossível de cair, não espere sair ileso das diversas ondas de rádio da Avenida Paulista com a Brigadeiro Luís Antônio. Ah. Os fones também não são resistentes à água, mas eles não vão quebrar porque você suou um monte na academia.

Do lado da Siri, a assistente pessoal ainda vai te fazer sofrer um pouco no quesito “toque a música X”. Acredito que a assistente é “de lua”, pois às vezes ela entende “E aí, Siri, toque TIcket to Ride dos Beatles” e outras vezes ela só vai ignorar o que eu disse e começar a tocar qualquer outra coisa.

Se você gosta de músicas em outros idiomas, considere mudar a Siri do seu iPhone para tal, assim a chance da música certa tocar será maior. Ainda não chegamos na fase multilínguas da assistente ao mesmo tempo e às vezes é melhor pegar o celular do bolso para aumentar e diminuir o som ou então trocar de faixa do que usá-la.

E no Android?

Os AirPods continuam soando bem em um smartphone Android. Apesar do pareamento ser igual a de qualquer outro dispositivo Bluetooth e você perder a função de acelerômetro. Os fones mantêm uma conexão firme e podem ser considerados, sim, uma opção de fone sem fio.

O que vem a seguir

Ainda em 2018 os AirPods são uma excelente escolha para música em movimento. Se você anda muito pela cidade, quer algo discreto no seu ouvido ou passa bastante tempo no transporte público, os fones de ouvido sem fio da Apple são totalmente recomendáveis.

Se você quer a experiência dos AirPods, mas em uma qualidade superior, aconselho os novos Beats, pois eles contam com o chip W1, cancelamento de ruído e o baixo mais marcante.

Ainda este ano podemos esperar por uma versão 2.0 dos AirPods com uma caixa que tenha carregamento sem fio. Na especulação, podemos ver uma conexão ainda mais estável com um possível chip W2, chamar a Siri sem precisar dar dois toques no fone e, quem sabe, aumentar e diminuir o som ao passar o dedo pelo fone. Mas isso só o futuro dirá.

Por hoje, os AirPods são a melhor opção para um usuário de iPhone e um candidato bem forte para o Android para ser escolhido.

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