A Apple anunciou em setembro o iPhone 11 e o iPhone 11 Pro, em um evento nos Estados Unidos. Já no final de outubro, os smartphones chegaram ao Brasil. Além de aparecem no país mais rapidamente que nos outros anos, os iPhones viram uma rara redução de preço, começando agora a partir de R$ 4.999 e se afastando ligeiramente da margem de R$ 9.999, do iPhone XS Max de 512GB, apresentado no ano passado.
Separamos para você uma análise-comparativo entre os três modelos lançados este ano e mais do que especificações, você vai ler qual a diferença prática entre os aparelhos. Você pode ver também:
Design, construção e display
Olhando de frente, os novos iPhones são tão parecidos quanto o lançamento original do iPhone X em 2017. É claro, para os detalhistas, é possível ver que o iPhone 11, assim como o iPhone XR, conta com bordas frontais mais protuberantes, mas que, de verdade, não atrapalham no uso diário. “De cara”, a diferença está no tamanho do display: o iPhone 11 Pro tem 5,8 polegadas, o iPhone 11, 6,1 polegadas, e o 11 Pro Max, 6,5 polegadas.
A grande mudança está na parte de trás. Enquanto o iPhone 11 tem a traseira de vidro liso e um relevo mais fosco nas câmeras, os modelos Pro fazem o contrário: ele é de vidro-fosco e o relevo nas câmeras liso. Também há diferença nas cores; o iPhone 11 vem em verde, roxo, preto, branco, amarelo e (PRODUCT)RED. Já os Pro vêm em verde meia-noite, cinza-espacial, prateado e dourado. As laterais do modelo de entrada são de alumínio, enquanto a dos modelos mais caros é de aço inoxidável.
Outra diferença óbvia são as câmeras. A linha 11 traz duas câmeras, enquanto a do iPhone 11 Pro traz três. Voltando ao display, a tela do iPhone 11 Pro é uma Super Retina XDR, em outras palavras, o material utilizado é o OLED, com pretos profundos, conta com HDR10 para fotos e vídeos e um pico de brilho inteligente de até 1.200 nits. Já no caso do iPhone 11, é uma Liquid Retina de LCD, com brilho de até 625 nits.
Ambas as telas são boas para uso diário do smartphone, mas se você liga para especificações e gosta de ver vídeos e séries no celular, é o iPhone 11 Pro Max aqui que traz a melhor experiência graças ao display gigante. Para segurar, o mais confortável é o 11 Pro, apesar do 11 também ser bem confortável. Todos eles contam com áudio espacial, que traz uma experiência mais imersiva ao assistir conteúdos audiovisuais.
Processador e armazenamento interno
Todos os novos iPhones contam com o processador A13 Bionic. De maneira geral, ele é 20% mais rápido que a geração anterior e tem uma eficiência energética 40% maior. Com foco em aprendizado de máquina, o chip Neural Engine também é mais eficiente e permite um processamento mais eficaz de fotos, por exemplo.
Aqui é onde os iPhones convergem. O legal é que independente de qual você esteja disposto a escolher, todos eles terão o mesmo desempenho e a maior velocidade em relação a qualquer outro smartphone. Se o medo é que o seu iPhone não rode aquele aplicativo ou perca para um modelo “Pro”, não. Tá tudo certo.
Agora, há sim diferença no armazenamento interno. O iPhone 11 vem em 64GB, 128GB e 256GB. Já o iPhone 11 Pro vem em 64GB, 256GB e 512GB. Para a maioria das pessoas, o modelo de 128GB do iPhone 11 traz o melhor custo-benefício. Mas se você é daquelas pessoas que guardam a vida inteira no smartphone, tem centenas de aplicativos e gosta de ter músicas e filmes baixados on the go, as versões de 256GB ou até 512GB são recomendadas.
De quantas câmeras eu preciso?
Vamos começar pelo o que é igual. A câmera TrueDepth (de selfie), a grande-angular e a ultra-grande-angular são as mesmas nos três modelos de iPhone. Todas contam com 12MP e gravam até em 4K e 60 quadros por segundo. A diferença, além das aberturas entre as lentes, é a câmera telefoto do iPhone 11 Pro, que permite um zoom de 50% sem perder qualidade.
Na minha experiência pessoal, a telefoto só é útil em viagens, shows ou quando você não consegue se aproximar do objeto. Nem de longe a câmera dos iPhones chega a fazer o zoom absurdo do Huawei P30 Pro, então para quem já está acostumado com a qualidade dos celulares da Apple, sabe que o ideal é sempre se aproximar: o zoom quebra um galho, mas não deve ser um ponto decisivo de escolha.
O mais interessante das novas câmeras é a ultra-grande-angular, que permite captar até 4x mais informação de uma imagem. Graças a ela, todos os iPhones fazem o Modo Retrato de qualquer coisa sem dar aquele “zoom” presente em todos os modelos com câmera dupla da Apple.
Não precisar dar zoom para fazer um Retrato é tão libertador, que até ano passado, se você estava atrás de boas câmeras, era melhor escolher o iPhone XR ao iPhone XS, só para não ter esse zoom ao tentar desfocar o fundo de uma foto.
Os novos iPhones também contam com o Modo Noite para fotos com baixa luminosidade e graças à tecnologia do Deep Fusion, que está disponível a partir do iOS 13.2, é possível captar ainda mais detalhes de uma foto. Basicamente, toda vez que você faz uma foto, o iPhone faz quatro cliques antes de você clicar e ainda combina com mais quatro outros. Em uma questão de segundo, a foto é processada e traz uma riqueza de detalhes.
Quanta bateria é bateria suficiente?
É seguro dizer que a bateria dos três iPhones aguenta um dia inteiro sem problemas. Mas se você tem um uso intenso do seu celular, deixa vários aplicativos rodando em segundo plano e sabe deus mais o que, a escolha mais confortável é o iPhone 11 Pro Max.
Não me leve a mal, afinal o iPhone 11 consegue durar mais do que o iPhone XR, o até então campeão de bateria nos celulares da Apple, mas é realmente impressionante como a empresa de Cupertino finalmente colocou uma bateria que é capaz de durar até dois dias, dependendo do seu uso, com o iPhone 11 Pro Max.
O iPhone 11 Pro também dura mais que o 11, uma vez que ele consegue ter até quatro horas a mais de duração que o XS que, para mim (spoiler), não durava um dia inteiro nem com reza brava. Aqui, na verdade, são duas coisas que podem ser decisivas: os modelos Pro conseguem fazer um uso inteligente da tela OLED e do Modo Noturno do iOS 13. Só por software, é possível economizar até 30% de bateria graças ao fundo preto e aos pixels que se apagam.
Todos os iPhones contam com carregamento rápido, mas apenas os modelos Pro vêm com o acessório dentro da caixa, que é uma tomada de 18W USB-C para Lightning. Com ela, é possível carregar 50% em apenas 30 minutos. Se você escolher o iPhone 11, terá que amargar no carregamento de 5W, que pode demorar até duas horas para terminar.
Os três iPhones também trazem suporte ao carregamento wireless, o que também é bem interessante.
Comparativo: iPhone 11, iPhone 11 Pro ou iPhone 11 Pro Max?
Agora que você sabe o que cada modelo tem de semelhante e de diferente, o que você deve levar em conta na hora de escolher entre os modelos:
iPhone 11: o melhor custo-benefício. A partir de R$ 4.999, ele tem o mesmo processador e câmeras da versão Pro, tirando a telefoto. Ideal para quem gostou dos modelos coloridos da empresa, ele traz as principais novidades dos celulares mais caros sem ter um preço bem mais elevado. O iPhone 11 também está no meio termo entre um celular confortável de segurar e uma telona, graças às 6,1 polegadas. Se você vem de qualquer iPhone que não seja uma linha X, definitivamente esse é o modelo para comprar. Menção honrosa ao armazenamento de 128GB.
iPhone 11 Pro: se as três câmeras te impressionam, este é o primeiro modelo para ficar de olho. O iPhone 11 Pro ganha pelos detalhes, pelo acabamento superpremium e, claro, pela portabilidade: ele tem 5,8 polegadas de display, mas no corpo de um iPhone 6, de 4,7 polegadas. Ideal para quem tem mãos pequenas ou quer um smartphone que realmente caiba em qualquer bolso, quer dizer, em um bolso disposto a pagar pelo menos R$ 6.999.
iPhone 11 Pro Max: aqui é para quem realmente quer mais e o maior. A diferença do Pro para o Pro Max é o tamanho da tela e da bateria. Ideal para quem tem mãos grandes, o 11 Pro Max é um exagero no bom sentido, mas que também reflete no preço: a partir de R$ 7.599.