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Análise: Beats Powerbeats Pro, hora de correr

O primeiro fone 100% sem fio da Beats, o Powerbeats Pro traz bateria de sobra e graves mais potentes. Confira a análise completa.

A Beats anunciou em abril o Powerbeats Pro, os primeiros fones 100% sem fio da empresa. Equipado com o processador H1, o mesmo presente nos AirPods de segunda geração, o Powerbeats compartilha de várias similaridades com os fones sem fio da Apple, mas com algumas características “a mais”, que o tornam uma opção para quem passa muitas horas ouvindo música ou quer se exercitar ao som das batidas dos fones da Beats.

Após um mês testando o Powerbeats Pro, cedido pela assessoria da Beats, confira as nossas impressões do produto. Veja também:

Design e ergonomia

Se você está acostumado com a linha Powerbeats, saiba que encontrará de diferente no design apenas a falta de um fio conectando um fone ao outro. Se assim como eu é a sua primeira vez nessa categoria de Beats, temos muito o que conversar.

O que me impressionou de primeira foi o estojo de carregamento do produto. Para quem já adotou como rotina colocar no bolso a caixinha dos AirPods ou dos Galaxy Buds, a do Powerbeats Pro é um exagero. Tudo bem, ela é muito bem acabada, tem um visual premium e é uma verdadeira experiência abri-la e ver os fones carregando, mas não dá para colocar no bolso da calça.

O tamanho fora do comum tem um motivo: os ganchos do fone, que prendem atrás da sua orelha, precisam de mais espaço dentro do estojo. Só que isso é um super não para ter com você a caixa no bolso. Tranquilamente você vai precisar de uma bolsa por perto. Ou se você não se importar, vai ter que carregar os fones por aí sem o estojo – o que para um usuário dos AirPods é algo impensável.

Como esse é um fone focado em atletas – e eu não sou lá um atleta -, talvez eles usem aquela mochila-sacola para deixar o estojo durante os treinos. Eu quando vou andar de bicicleta ou fazer aquela caminhada/meio-corrida, prefiro ir só com os fones e o Apple Watch, então pode ser isso.

Em relação ao fone no seu ouvido, é algo muito particular. Os AirPods e os Galaxy Buds sempre fizeram muito sentido para mim. O Powerbeats Pro é uma mistura de intra-auricular que não fica enfiado no seu ouvido, mas ao mesmo tempo tem toda essa proteção por fora que prende o fone por trás da orelha. Para colocá-lo, você precisa encaixá-lo com o logo “b” para baixo e depois girar no seu ouvido, com o gancho passando pela parte de trás. É bem simples, mas à primeira vista é um pouco estranho.

Ao usar por várias horas – umas quatro – o gancho do lado direito começou a me incomodar. Isso não aconteceu em nenhum momento do lado esquerdo. Tentei ajustar o gancho, mas não adiantou. Por poucas horas ele não me incomoda. Também é importante dizer que é possível trocar as borrachas dele, mas a de tamanho médio, que é padrão, foi a que ficou melhor para mim.

Qualidade de som e controle dos fones

O Powerbeats Pro tem uma qualidade de áudio e de isolamento superior ao dos AirPods. Além do som parecer mais “cheio”, a marca registrada da Beats, que são os graves, de fato são mais presentes do que nos fones sem fio da Apple. De novo, como são fones focados para atletas, faz todo sentido que as batidas sejam mais fortes, pois dão uma levantada no moral no meio dos treinos, não é?

Também não estou dizendo que não faz sentido ouvir um P.S. I Love You dos Beatles, mas se você pode aproveitar Boom dos X Ambassadors nesses fones, aproveite. Uma coisa que eu senti falta – e por muito tempo até achei que os fones tivessem – é cancelamento de ruído. Como a Sony recentemente lançou um fone wireless com essa tecnologia, eu tinha certeza que esse era um dos principais pontos do Powerbeats Pro, mas parece que ficou para uma próxima geração.

Como ele encaixa melhor do que os AirPods, de fato o Powerbeats isola melhor que os fones da Maçã. Mas, de novo, não há um cancelamento de ruído efetivo nele. Pelo preço e por ser um produto bem premium é uma função que realmente deixa a desejar.

Agora, algo que é bem legal do Powerbeats Pro é a possibilidade de controlar o som pelos fones. Ambos contam com botões de volume, play/pause/próxima/anterior e chamar a Siri. O clique me parece mais sutil do que o dos Galaxy Buds que te fazem ficar batendo no ouvido. O legal também é que eles são independentes, então tanto o lado esquerdo quanto o lado direito contam com as mesmas funções, caso você só esteja com um fone no ouvido.

O poder do chip H1

Como disse no começo da análise, o Powerbeats Pro compartilha de algumas similaridades com os AirPods de segunda geração, como o chip H1. Desenvolvido especificamente para os produtos de áudio da Maçã, ele acelera o pareamento do fone no iPad para o iPhone, é mais rápido atender a ligações pelo fone com ele e também melhora o gasto de bateria ouvindo música ou ao telefone.

Como essa é a primeira geração do Powerbeats Pro, é possível dizer que usuários Apple terão a mesma facilidade que já encontram nos AirPods. Ao abrir o estojo do Powerbeats e tocar em “conectar” no iPhone, todos os seus dispositivos já são automaticamente pareados, pelo Apple ID, com o fone.

Esse processador também traz o “E aí, Siri”. Ou seja, sem apertar nenhum botão, você pode chamar a assistente pessoal pela voz usando o fone. Na maioria das minhas tentativas, tive que falar um pouco mais alto do que gostaria, mas caso seja necessário, saiba que você pode usá-la. Lembre-se também que ao tirar um fone do ouvido, igual os AirPods, a música para e se você colocá-lo de volta, a canção volta.

Bateria e carregamento

O Powerbeats Pro tem uma autonomia de 9 horas de uso contínuo. Em nenhum momento eu fui capaz de esgotar a bateria dos fones com eles no ouvido ininterruptamente. Ao conectá-lo no estojo, é possível conseguir mais de 24 horas de reprodução de áudio ao todo. Ou seja, você tem pelo menos duas cargas completas só com a caixinha dele.

O Powerbeats usa a tecnologia Fast Fuel, que em cinco minutos de carga dá uma autonomia de 1h30; 15 minutos são 4h30. O cabo de carregamento é Lightning, igual o do iPhone. O que ficou de fora aqui, no entanto, foi o carregamento wireless, presente nos AirPods e nos Galaxy Buds.

Não vai ser a falta do carregamento sem fio que vai te fazer não comprar esse fone, até porque não é todo mundo que usa essa função, mas para quem começou a trocar vários cabos por uma única base de carregamento, talvez espere por uma segunda geração com essa tecnologia.

Powerbeats Pro: hora de comprar?

Um dos fones mais caros do mercado, o Powerbeats Pro se posiciona em US$ 249 ou R$ 2.149. Os AirPods estão na faixa dos US$ 159 e US$ 199 ou R$ 1.349 e R$ 1.679 e os Galaxy Buds US$ 129 ou R$ 999. Portanto, a grande pergunta é: vale a pena o investimento extra?

Se você gosta de graves mais presentes, tem um iPhone e os AirPods não cabem no seu ouvido? Com certeza. Se você tem um smartphone Android, o lado atleta pesa para você e os graves são importantes? Vá fundo.

Agora, se você só está buscando um fone bluetooth pela praticidade wireless e quer uma boa qualidade de áudio, qualquer um dos três fones são excelentes opções. Na preparação de fazer essa análise, pensei muito se o Powerbeats seria o “anti-AirPods” ou um “AirPods melhorado”, mas a verdade é que apesar de compartilhar várias funções, eles coexistem muito bem e para momentos diferentes. E como a Beats já está acostumada com diversas linhas de áudio, ela continua acertando em cheio no mercado dos atletas, profissionais ou não, que querem focar no treino, desconectar do mundo e não se preocupar com fios.

O Powerbeats Pro pode ser encontrado na loja física e online da Apple em diversas cores.

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