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Mais de 1.500 apps já foram publicados por alunos do Apple Developer Academy

Super Pads, do Arthur Motelevicz, é um dos apps criados após o curso do Apple Developer Academy no Brasil e que mudou a vida do engenheiro.

A Apple divulgou nesta quarta-feira (12) números do Apple Developer Academy, um curso que tem como objetivo ensinar empreendedores, desenvolvedores e designers maneiras de criar empregos e oportunidades ao trabalhar com aplicativos para iOS.

O primeiro Apple Developer Academy abriu em 2013 no Brasil. Desde então, a empresa inaugurou mais de uma dúzia desses cursos ao redor do mundo, com mais duas academias sendo lançadas na Coreia do Sul e Detroit, nos Estados Unidos, em breve.

Há mais de oito anos, as Apple Developer Academies são responsáveis por mais de 1.500 aplicativos criados por alunos graduados do curso, mais de 160 empresas fundadas e 51 nacionalidades representadas.

A Apple oferece dois programas distintos no Apple Developer Academy: um de 30 dias que cobre tópicos específicos incluindo uma introdução para aqueles que querem seguir carreira desenvolvendo aplicativos e também um curso mais extensivo de dez a 12 meses que se aprofunda nas técnicas de desenvolvimento e outras habilidades profissionais.

Arthur Motelevicz, de 36 anos, é um dos fundadores da Opala Studios e participou da primeira turma do Apple Developer Academy, em Curitiba, em 2013, na PUC. Ele desenvolveu o aplicativo Super Pads, que ensina pessoas a serem DJs de uma maneira simples.

O Nova Post conversou com o engenheiro sobre sua participação no Apple Developer Academy. Confira a entrevista abaixo:

Você já tinha desenvolvido para iOS antes? Como foi a chegada do Apple Developer Academy na sua universidade? 

Eu fui músico desde adolescente, dos 16 aos 27 anos eu exerci isso como profissão, e era tudo o que eu queria. Em 2012, eu vi que isso podia não dar certo. Passei em um concurso, voltei a estudar e entrei em Engenharia de Controle e Automação na PUC do Paraná. meu primeiro contato com programação foi aos 27 anos de idade.

No segundo ano do curso, em 2013, apareceu um edital para se tornar um desenvolvedor iOS. Eu gostava de programação. Me inscrevi, passei na prova e o coordenador explicou que era uma parceria com a Apple e que teríamos os equipamentos à disposição, como o iPad, iPhone e MacBook além de um auxílio financeiro para fazer o curso.

Entrei de cabeça no mundo dos aplicativos e ali que começou tudo. Um dos motivos que me fazia ficar instigado, além de falar de empreendedorismo, era ver esse novo mercado que era então desconhecido.

Eu, por exemplo, nunca tive um equipamento da Apple até aquele momento. E a metodologia deles era a do Challenge Based Learning: você aprendia o conceito em uma semana e em quatro dias você tinha que fazer um app publicado com a tecnologia que você aprendeu. É puxado, eu passava o final de semana programando para entregar esses trabalhos.

Foi a sua paixão pela música que fez você ter a ideia do Super Pads?

O Super Pads veio durante o curso. De 2013 a 2016 eu fiquei dentro do Academy. Participei do primeiro e do segundo grupos e aí quando o segundo curso acabou, eu virei monitor. Nessa época, a gente tinha acabado de publicar o Super Pads.

Eu abri a Opala Studios com um amigo meu, baterista da banda, e a gente ficava lançando games, começamos a fazer apps direcionados para a música, acompanhando o que tinha de novo e o Super Pads foi o que deu certo, o que a gente acertou a mão e pôde fazer só isso e abrir os horizontes.

E o pós Apple Developer Academy como foi? Como tem sido ajudar a próxima geração de formados no curso?

Não é fácil encontrar mão de obra especializada. Todo mundo sofre para contratar desenvolvedor e quando a gente sai daquele mundo, todos que saem dali estavam ocupando empregos pela cidade inteira. A gente tem o contato privilegiado da galera que se forma. Hoje, nós somos em 27 pessoas na Opala Studios e, dessa galera, 11 pessoas são do curso, contando desenvolvedores e designers. Quando a gente precisa aumentar o time, vamos direto nos alunos.

Nós tivemos a chance de visitar as outras Academies do Brasil e ter um contato próximo com outros alunos. É legal mostrar para todo mundo que está ali no começo, que está apaixonado por esse projeto, que existem histórias que funcionam. É o máximo.

Qual o conselho que você dá para quem quer começar a programar voltada para iOS?

O empreendedor precisa ter a ideia, mas não adianta só programar e sim entender toda a cadeia: divulgação, monetização, possibilidades… Com a visão que eu tenho hoje, eu vejo que qualquer nicho tem o potencial absurdo de virar um hit. Seja um app de ioga, até um app de academia ou saúde. Tudo isso tem muito potencial. Todo mundo tem ideias boas, mas é preciso acreditar nelas de verdade e ver como elas podem virar um business.

Hoje, a gente sabe que criar aplicativos é um mercado fantástico, mas ele está cada vez mais concorrido. É por isso que cada vez mais você tem produtos melhores. 

A gente, por exemplo, juntou o app com criação de conteúdo, com um canal alimentado semanalmente que já tem mais de dois milhões de visualizações. Isso, inclusive, abriu uma parceria com o Kondzilla. Coisas que não imaginávamos que poderiam acontecer, aconteceram.

Se voce vir na loja, o Super Pads é um simulador de NPC, que é um equipamento de DJ para sair samples de áudio e vimos que muita gente baixava esse tipo de aplicativo. Como a gente pode ser diferente? 

Eu gravava os samples, transformava os quebra-cabeças para ajudar o público iniciante. Se você quisesse fazer o cover de uma música, era possível. No app, por exemplo, você clica no botão azul e ele forma uma batida constante. Essa sacada funcionou. Ensinar as pessoas através do YouTube também foi um diferencial. Às vezes, a grande sacada está numa pequena mudança que você faça

Quais são os seus próximos passos?

Nós temosvariações do Super Pads para públicos diferentes. A gente está sentindo a necessidade de abrir uma gravadora, começar a publicar o nosso conteúdo em serviços de streaming. Podemos até licenciar o conteúdo para outras empresas. Temos um trabalho bem forte musical.

O nosso foco são os apps, mas existe essa necessidade interna de disponibilizar a nossa música já que criamos muito conteúdo. Nós alcançamos muitas pessoas e isso pode ser um diferencial para lançar um artista, por exemplo.

Se a gente cria conteúdo e atinge muita gente, a gente poderia fazer um caminho de divulgar pessoas por ali.

Conheça mais sobre o Super Pads e a Opala Studios aqui.

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