O iPhone 13 foi apresentado pela Apple em setembro de 2021. No Brasil, o telefone chegou um mês depois. Diferente do iPhone 13 Pro, que já foi analisado pelo Nova Post, preferi tomar um tempo maior para escrever sobre a linha “de entrada” dos novos celulares da Apple.
Isso porque, diferente dos modelos Pro que o consumidor costuma comprar logo de cara, os modelos mais básicos vão gerando interesse após algum tempo desde seu lançamento. Não é por menos que é comum ver pessoas comprarem o iPhone 11 ou o iPhone 12 mesmo depois de um ou dois anos de seus anúncios originais.
Com esta análise de longo prazo, quero te dizer como que o iPhone 13 tem se saído ao longo dos últimos quase quatro meses e se ele é uma atualização que vale a pena fazer em 2022 – ou nos anos a vir. Confira!
Refinamento de design, melhoria na tela
O iPhone 13 segue o design já consagrado do iPhone X. Assim como o iPhone 8 trouxe o refinamento do seu primogênito, o iPhone 6, o mesmo vale para a nova linha de celulares da Apple em relação ao celular que marcou os dez anos do primeiro iPhone.
Com acabamento em alumínio e vidro, o iPhone 13 tem bordas mais retas e o entalhe – onde fica o sistema do Face ID, chamado de TrueDepth –, agora está 30% menor. Além disso, outra mudança notável é o tamanho dos sensores das câmeras que ficaram maiores e agora na diagonal. Também, para esta geração, a Apple aposta nas cores Rosa, Azul, Meia-Noite (um azul bem escuro), Estelar (champanhe para o branco) e vermelho.
O iPhone 13 usa a tecnologia de Ceramic Shield que o torna mais resistente a quedas – valendo o mesmo para a parte de trás – além de resistência IP68, aguentando até seis metros embaixo da água por até 30 minutos. Também totalmente resistente aos acidentes diários com café, refrigerante, chá, etc.
Com tela de 6,1 polegadas Super Retina XDR, o iPhone 13 tem um pico de brilho 28% maior que a geração anterior, agora atingindo 800 nits. Ao ver fotos e conteúdos em HDR, ele consegue chegar a até 1.200 nits de brilho, o que é mais do que suficiente em ambientes com bastante luminosidade. O painel OLED traz suporte nativo às tecnologias de Dolby Vision, HDR10 e HLG, que melhoram a sua experiência ao assistir uma série, filme ou algo que você gravou no celular.
Aqui, é importante destacar o quão boa é a tela do iPhone 13. Como sempre, a Apple faz um trabalho impecável, entregando cores realistas. Com as proteções de Ceramic Shield, até agora, não coleciono nenhum risco ou abrasão no display, apesar de que preciso ressaltar a importância do uso de uma case de proteção.
Processador A15 Bionic torna a liderança da Apple ainda mais folgada no iPhone 13
Se o processor do iPhone 12 já deixava qualquer smartphone Android no chinelo, o mesmo vale para o A15 Bionic disponível no iPhone 13. Com uma CPU de seis núcleos, sendo dois de alta-performance e quatro de eficiência, a Apple diz que o processador é 50% mais veloz do que o melhor da competição, enquanto a GPU de quatro núcleos é até 30% mais veloz do que o melhor chip de outros fabricantes.
Outro ponto importante do A15 Bionic é o aprendizado de máquina. São até 15.8 trilhões de operações por segundo, o que garante experiências como o Modo Cinema, a função de Live Text, além como processamento no device de diversas informações.
No dia a dia, isso significa que não há delay, travamento ou nada que te impeça de abrir aplicativos e realizar tarefas em questão de instantes. Seja para se divertir com Pokémon UNITE ou passar o dia fazendo reuniões, calls e anotando informações, o iPhone 13 não te deixa na mão.
Aqui, também vale dizer, o usuário encontra o mesmo chip tanto no iPhone 13 quanto no 13 Pro. Agora, uma coisa importante para se notar nesta geração é que pela primeira vez um iPhone de entrada começa com 128GB de armazenamento interno. Com o modelo 13, a Apple opta pelas versões de 128GB, 256GB e 512GB.
O maior salto de câmera em um iPhone com duas lentes
A geração do iPhone 13 trouxe diversas novidades para as câmeras. Apesar de manter as lentes Wide e Ultra-wide com os mesmos 12MP, os sensores ficaram maior, capturando 47% mais luz que a geração anterior.
Além disso, os avanços no A15 Bionic também garantem um pós-processamento ainda melhor. Também trazem suporte para funções avançadas como o Smart HDR4, Modo Noite, Deep Fusion e gravação de vídeos em HDR e Dolby Vision em todas as câmeras a 4K e 60 quadros por segundo.
Outra novidade é que a câmera principal do iPhone 13 também traz estabilização óptica – antes presente apenas no iPhone 12 Pro Max – garantindo fotos menos tremidas e com mais detalhes principalmente ao usar o Modo Noite.
No dia a dia, as fotos com o iPhone 13 saem tão boas quanto as com o iPhone 13 Pro. A diferença é mais perceptível à noite, já que o 13 Pro precisa de menos tempo para capturar uma imagem em baixa luminosidade. Não só isso, é importante dizer que o iPhone 13 não foi feito para dar zoom, então não espere bons resultados ao aproximar muito a câmera – apenas aprecie a vista.
Já o sensor principal traz um grande avanço em relação à geração anterior. As fotos são bonitas, vibrantes e prometem uma qualidade ímpar. Fica aqui o destaque também para a lenta Ultra-wide que capta até quatro vezes mais informações, só que com menos distorções que os modelos anteriores (porém você vai notar ali uma pequena questão com o Smart HDR 4 na foto à direita que acaba embranquecendo um canto da foto se não for bem reconhecido).
Duas das funções que me chamam bastante atenção e são exclusivas dessa geração são os Estilos Fotográficos e o Modo Cinema. Com os Estilos Fotográficos, você consegue aplicar efeitos que garantem uma nova leitura da imagem, mas preservando os tons de pele.
Em outras palavras, não é um simples filtro de rede social, mas uma tecnologia que garante imagens mais vibrantes, com mais contrastes, mais quentes ou mais frias ao desejo do fotógrafo. Já o Modo Cinema reforça a presença do objeto principal enquanto desfoca o resto, como você pode ler mais sobre ele aqui.
Bateria – melhor que a do Pro
Apesar de usar o iPhone 13 Pro como telefone principal, reconheço que é no 13 que a bateria se destaca. As terminologias usadas pela Apple são confusas. Por exemplo, o 13 Pro dura 1h30 a mais que o 12 Pro, enquanto o iPhone 13 dura 2h30 a mais que o iPhone 12. O que isso significa? Sinceramente, não muito.
No dia a dia, posso dizer que ambos os celulares (13 e 13 Pro) têm excelentes baterias, mas eu me considero um ponto fora da curva. Já ouvi de colegas que o iPhone 13 Pro dura tranquilamente um dia inteiro longe da tomada, mas não é o que acontece comigo. Já o iPhone 13 me dá um pouco mais de tranquilidade caso precise sair à noite e não tenha dado uma carga extra no telefone.
Meu uso gira em torno de música, trabalho, vídeos no YouTube, ligações por FaceTime e alguns joguinhos (dos mais bestas, como Candy Crush a alguma coisa mais exigente como Pokémon UNITE). Em outras palavras, o iPhone 13 passa das 8h da manhã com 100% de bateria, até por volta das 22h com algum fôlego, acima dos 30%.
O motivo é o fato do iPhone 13 não ter a tecnologia ProMotion na tela. Em outras palavras, por manter uma taxa de atualização padrão, o iPhone acaba gastando menos bateria. Já com o 13 Pro, o display vai se adaptando a depender da ação e acredito que isso faça o celular gastar um pouco mais de bateria.
Com o carregador de 20W, é possível carregar 50% do iPhone 13 em 30 minutos. O carregamento total beira a uma hora. Ele também traz suporte à recarga wireless e por MagSafe.
iOS 15: refinando a experiência do iPhone 13
Em junho, a Apple apresentou o iOS 15, a nova versão do sistema operacional do iPhone. Apesar de algumas funções terem chegado depois do esperado, agora é um excelente momento não só para atualizar o celular como aproveitar as diversas novidades que essa versão traz, como:
- Live Text: Permite que você copie informações escritas de fotos como endereços, telefones, palavras e números;
- Buscar iPhone desligado: Com o iPhone 11 ou superior, mesmo que o celular esteja desligado, ele ainda pode ser rastreado usando o app Buscar;
- Modo Foco: Decida quais aplicativos podem te mandar notificações e quando. Escolha e crie diferentes modos como “Exercício”, “Pessoal”, “Trabalho”, além de poder criar telas iniciais customizáveis para ter sempre os aplicativos que fazem sentido para você naquele momento;
- SharePlay: Disponível desde o iOS 15.1, compartilhe a tela do seu celular durante uma ligação FaceTime com até dezenas de pessoas. Aproveite para ver séries, assistir TikToks ou ouvir músicas enquanto em uma chamada de vídeo com alguém.
Além disso, com o iOS 15.4 chegando, o sistema operacional do iPhone vai ficar ainda melhor. Com ele, será possível desbloquear o telefone mesmo de máscara, graças ao Face ID reconhecendo os seus olhos, e também óculos de grau.
Preço e considerações finais
O iPhone 13 começa a partir de R$ 7.599 no site da Apple na versão de 128GB. Apesar do valor alto, ele é igual ao da geração passada, só que com o dobro de armazenamento interno. Ele pode custar até R$ 10.599 na versão de 512GB. No varejo, por outro lado, o celular já beira os R$ 5.600.
Este iPhone é recomendado para quem quer a última novidade em telefones, mas prefere cores mais alegres e ainda assim quer economizar em relação ao Pro. O iPhone 13 é o celular das redes sociais: seja para gravar TikToks, postar fotos no Instagram ou simplesmente curtir o dia a dia com rapidez e confiabilidade. Realmente, não há celular que vá fazer um trabalho tão bom.
Também penso no iPhone 13 como um investimento. Além de bom preço de revenda, os iPhones costumam durar anos a mais que seus competidores Android. Em alguns anos, o processador e as câmeras continuarão tão bons quanto a maioria dos celulares. E por contar com as tecnologias de Face ID, carregamento MagSafe e 5G, o usuário estará pronto para continuar tirando vantagem do que há de tendência no mundo Apple.
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