O novo Mac Studio com chips M2 Max e M2 Ultra foi anunciado na feira de desenvolvedores da Apple, a WWDC 2023, que aconteceu no mês passado. Apesar de manter o mesmo design, a empresa trouxe ganhos consideráveis em relação ao processador, uma porta HDMI com qualidade superior e ainda deu uma repaginada internamente na máquina para melhor dissipação de calor.
Focado em criadores de conteúdo, editores de imagem e programadores, uma unidade do Mac Studio com chip M2 Max foi cedido ao Nova Post pela Apple para testes junto de um Studio Display, que é o monitor que a empresa de Cupertino considera ideal para trabalhar nessa máquina.
Apesar de usar Macs desde 2010, esta é a primeira vez em todos estes anos que realmente tive como computador principal um desktop da Apple, já que todas as minhas experiências foram com modelos de MacBook.
O mais interessante nessa jornada, até agora, é a mudança radical de produtividade que tive ao usar este combo e até como foi redescobrir o macOS em uma telona – já que, até então, me limitei aos displays de 13 a 16 polegadas dos próprios MacBooks.
Abaixo, conto um pouco da minha jornada do trabalho presencial ao home office e como sinto ter atingido o pico de produtividade após todos esses anos graça ao Mac Studio e ao Studio Display.
Não pode ser que eu vou trabalhar de casa para sempre, não é?
Assim como muitos, o trabalho à distância (ou home office) virou uma realidade para mim durante a pandemia. Por ter trabalhado sempre com produção de TV e depois a “parte da internet” dos telejornais da Globo, nunca passou pela minha cabeça que o trabalho jornalístico poderia ser feito tão longe da redação.
Em 2020, claro, tudo isso mudou e um dos meus pensamentos foi: “Não pode ser que eu vou trabalhar de casa para sempre, não é?” Mas mal sabia eu que essa mudança da redação para o trabalho remoto iria além da pandemia.
Após deixar um desktop com duas telas no trabalho e uma cadeira apropriada para fazer as minhas tarefas diárias, decidi que passar alguns bons meses trabalhando da cama seria o melhor. Eu tinha um modelo de 2019 do MacBook Pro de 16 polegadas, e ele atendia minhas necessidades perfeitamente. Eu perdia os monitores, mas ganhava o “conforto” da minha cama.
Em determinado momento, quando vi que a pandemia não passaria tão cedo, investi em uma boa cadeira, mas coloquei pouco dinheiro em uma escrivaninha. Mesmo assim, quem disse que isso seria o suficiente para me fazer trabalhar de maneira saudável? Sem um apoio próprio para o notebook, sem um monitor externo ou acessórios para garantir uma boa postura, logo voltei para a cama mesmo. Afinal, eventualmente eu voltaria para a redação, não é?
Só que aí eu mudei de emprego
Ao mudar de emprego, cravei que não mais trabalharia em redação física nenhuma. Meu espaço de trabalho virou o Slack e o meu melhor amigo, o WordPress. Mesmo vendo colegas investindo em boas mesas, monitores e tudo mais, havia um outro problema na mudança de vida que eu tinha feito: o apartamento que eu morava era pequeno demais, até mesmo para ter um mini escritório.
Foi só no final de 2022, quando mudei de casa, que consegui achar um espaço confortável para o meu home office. A partir daí, a tela do MacBook tinha diminuído, agora com 14 polegadas, mas eu tinha uma mesa melhor – e dava até para usar o iPad como monitor de apoio.
Algo que me ajudou por muito tempo também foi um suporte para notebook da Geonav, como já escrito neste blog, mas eu ainda sentia que faltava mais. Em 2023, finalmente, decidi investir em uma mesa de escritório de verdade – dessas que inclusive regulam a altura e me permitem trabalhar em pé.
Quase que por coincidência do destino, foi na mesma época em que o espaço do escritório, a escrivaninha e a cadeira de boa qualidade estiveram presentes no mesmo espaço, que o Nova Post foi convidado para testar o Mac Studio com direito a todos os acessórios. Pela primeira vez, então, posso dizer que descobri como o home office deveria ter sido desde sempre.
Primeiras impressões do Mac Studio e o Studio Display no home office
Como dito acima, eu nunca havia usado um desktop da Apple como computador principal. Ver o macOS Ventura se abrir em uma tela de 27 polegadas foi como ter uma nova experiência de trabalho, afinal, também já fazia quase três anos desde que havia usado com frequência dois monitores para realizar minhas tarefas do dia.
Apesar da potência nunca ter sido um problema, já que o MacBook Pro de 14 polegadas com chip M1 Pro era um monstro em velocidade, ver isso mais que dobrar em um Mac Studio com chip M2 Max e 32GB de RAM, me fez perceber o quão mais eu poderia fazer no meu trabalho.
Longe de mim fazer propaganda de dupla jornada, mas a verdade é que as ferramentas corretas fizeram tanto o meu trabalho principal no BGR se tornar mais eficiente, já que eu comecei a passar mais tempo na mesa de trabalho e não passeando pela casa com o MacBook, como também me ajudou a aumentar minha criatividade e produtividade em meus outros projetos, como o Nova Post e os vídeos que comecei a publicar.
Por exemplo, eu continuo abrindo os mesmo aplicativos de sempre, mas a disposição deles na tela mudou. Com um display de 27 polegadas e resolução 5K, o Studio Display me permite ter mais informações ao mesmo tempo.
Além disso, minhas chamadas no FaceTime ficaram mais profissionais com a função de Palco Central – que me mantém sempre em destaque – e a qualidade dos falantes me ajudam a ou relaxar ouvindo uma música, assistir uma apresentação online ou até ouvir um podcast sobre as últimas notícias da Apple.
O Mac Studio, claro, tem papel fundamental nisso. A Apple diz que o chip M2 Max é até 50% mais veloz que a versão anterior do Mac Studio e 4x mais rápido que o Mac Intel mais poderoso já lançado. Ele tem uma CPU de 12 núcleos, até 38 núcleos de GPU e pode ser configurado com até 96GB de memória RAM.
Apesar da configuração mais modesta com 32GB de RAM, é impossível dizer que encontrei barreiras com ele. Posso estar com o e-mail, o Safari, o WhatsApp, o iMessage, o Pixelmator, o Slack e o Twitter aberto que é como se nada disso impactasse uma edição de vídeo em 4K com o Final Cut Pro.
Importo trechos de vídeos, adiciono-os à timeline, coloco alguns filtros e tudo é renderizado em tempo real. O Mac Studio, além de tornar minha vida mais fácil, também me ajuda a desbloquear a minha criatividade. Afinal, com tanto poder, não dá só para ficar escrevendo artigos, não é?
Além do aumento da produtividade, as costas passaram a doer menos ao fim do expediente e ter uma tela maior me ajuda a olhar diretamente para ela, não um pouco para cima, nem um pouco para baixo.
É claro que aqui estou falando de um setup dos sonhos, mas a verdade é que negligenciei por muito tempo um conforto adequado no home office.
Com isso, a minha dica é: se assim como eu, o seu trabalho é feito majoritariamente de casa, invista em uma boa escrivaninha, em uma boa cadeira e em um monitor para o seu computador. As suas costas e o seu eu do futuro agradecem.
As análises do Mac Studio com chip M2 Max e do Studio Display saem em breve.