Lançados na última quarta-feira (9), os novos Galaxy S22 já estão passando pelo escrutínio da mídia e dos fãs. Dessa vez, foi a PC Magazine quem colocou o novo topo de linha da Samsung à prova, comparando-o em testes de benchmark com o iPhone 13 Pro.
Sem querer dar spoilers, mas o iPhone ganhou.
Aos leitores, a revista explicou que, muito embora supere quaisquer outros Androids testados pela equipe até o momento, o Galaxy S22 Ultra, e seu chip Snapdragon Series 8 Gen 1, não foram páreo para o Apple A15 Bionic, lançado em setembro de 2021 com a linha iPhone 13.
Em números absolutos, no aplicativo Geekbench 5, o Galaxy atingiu 3.433 pontos no processamento multi-core, enquanto o iPhone alcançou 4.647 pontos. No já no teste single-core, que avalia a performance do núcleo isolado, a pontuação foi de 1.232 para o Samsung e 1.735 para o Apple.
Com 948 pontos nos testes de machine learning, o iPhone 13 Pro também levou a melhor neste quesito, como S22 Ultra marcando 448 pontos.
Avanços em relação à geração passada
Em comparação com o Snapdragon 888, no entanto, o Series 8 Gen 1 traz melhorias consideráveis. Na pontuação multi-core, o salto nos números foi de 9%, enquanto isso, no single-core, o aumento foi de 13%.
Por sua vez, no tocante aos testes de gráficos, a vantagem do novo processador da Qualcomm sobre o antigo foi de 20%, relata a revista. Além dos testes de processamento bruto, a PCMagazine também testou o desempenho do S22 Ultra no carregamento de páginas da internet, com um software chamado Basemark Web.
Aqui, parece haver uma tradição de vitória dos smartphones da Maçã.
Apesar de o novo Galaxy ser 8% mais rápido que o seu antecessor, o S21 Ultra, tanto a geração passada quanto a atual ficam atrás dos iPhones correspondentes – isso porque, segundo a revista, o Safari leva uma vantagem considerável sobre o Chrome, sobretudo em plataformas diferentes.
Problemas com aquecimento persistem, ao menos nos benchmarks
Testes específicos mostraram que thermal throttling em novos modelos da Samsung é mais agressivo que nos anteriores.
Uma vez que não refletem o uso do dispositivo no dia a dia, a validade dos testes de benchmark é limitada. Na prática, eles apenas metrificam como um determinado aspecto do dispositivo, geralmente a CPU ou GPU, reagem a uma situação de stress e demanda elevados.
Dessa forma, um benchmark não deve ser um critério para escolher um smartphone. Contudo, esse tipo de avaliação pode demonstrar se o aparelho é capaz de rodar games pesados, executar tarefas complexas e, sobretudo, se faz isso com ou sem grandes dificuldades.
No caso do Galaxy S22 Ultra, é inegável que se trata de um dos dispositivos mais capazes da atualidade, se não o mais capaz. Ainda assim, os testes da PC Magazine revelaram uma preocupação importante sobre o aparelho: sua dificuldade em prosseguir com o benchmark sem esquentar.
Após uma primeira rodada de testes, o aparelho ficou morno e, ao repetir a avaliação, a pontuação single-core caiu, de 1.232 pontos para apenas 802. Da mesma forma, ao refazer os testes de GPU, a taxa de quadros por segundo (FPS), que estava em 28, caiu para 19.
Essa perda de potência é um reflexo do thermal throttling, um recurso de proteção de qualquer processador moderno que, ao verificar um aumento na sua carga de trabalho e uma elevação excessiva de temperatura, diminui a potência para evitar mais calor.
A ideia é que o usuário não perceba essa redução de marcha – e, no caso de um smartphone potente como esse, vai ser difícil notar algo além da temperatura mais quente.
Ainda assim, causa espanto que o S22 Ultra esquente ao ponto de perder tanta potência, sobretudo se lembrarmos que as novas tecnologias de dissipação de calor foram destaque durante sua apresentação.
Voltando à PC Magazine, a revista ainda avaliou o modelo com um software específico para thermal throttling. Após o teste, foi indicado que, após 15 minutos de stress elevado sobre a CPU, o S22 Ultra perde 25% de performance, enquanto o S21 Ultra perde apenas 17%.
Ou seja, é possível que os softwares de gerenciamento de temperatura sejam simplesmente mais agressivos no S22 Ultra, o que poderia ser corrigido posteriormente com uma atualização. Por outro lado, não é possível descartar a hipótese de que, talvez, seu processador realmente tenha mais dificuldades em lidar com o aquecimento.
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