Os CAPTCHAs foram desenvolvidos para proteger páginas da web de diversas ameaças, do roubo de contas ao envio de spam. Apesar de seu propósito nobre, porém, é difícil encontrar quem goste desses carinhas, uma vez que, além de representarem um obstáculo adicional durante o acesso a um site ou conta, não é incomum que os desafios propostos neles sejam confusos.
Felizmente, no entanto, conforme apontam informações do MacRumors, divulgadas nesta segunda-feira (20), a Apple trabalha num recurso que permitirá desviar desses mecanismos.
Para isso, o próprio dispositivo, seja seu iPhone, iPad ou Mac, certificará ao site que o acesso está sendo feito por uma pessoa, eliminando a necessidade de completar o CAPTCHA.
Em um vídeo compartilhado recentemente com os desenvolvedores da WWDC 2022, a Apple explicou melhor do que se trata a novidade. Basicamente, a partir do que a empresa chama de Token de Acesso Privado, o iCloud será capaz de confirmar ao site que você é mesmo uma pessoa, fazendo isso sem fornecer qualquer dado seu.
Além disso, o iCloud tampouco saberá qual página solicitou a confirmação, garantindo que nem a Maçã tenha quaisquer registros do acesso.
Para tornar tudo isso possível, a Apple se juntou à CloudFlare e à Fastly, duas das maiores redes de distribuição de conteúdo web do mundo, e que possuem um papel crucial no acesso de boa parte da população mundial à boa parte do conteúdo disponível em toda a internet.
Ou seja, ainda que não valha para todas as páginas da web, uma vez que só as mantidas pela CloudFlare e pela Fastly serão suportadas nesse início, é bem provável que uma porção considerável dos CAPTCHAs “desapareça” para usuários do iOS 16 e do macOS Ventura, que já contam com a funcionalidade em suas versões beta.
Noutros sistemas, é provável que uma solução similar também surja. Isso porque, segundo a Fastly, o Google também ajudou a desenvolver o padrão, e deve implementá-lo em breve nas próximas versões do Android.
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