O iOS 15 já está quase encerrando o seu ciclo de atualizações. Seis meses após o seu lançamento oficial – e nove meses após ser apresentado pela primeira vez –, o sistema operacional já teve seu quarto grande update incremental (iOS 15.4), e, desde a ultima quarta-feira (23), conta com todos os recursos anunciados na WWDC21, ocorrida em junho do ano passado.
Prestes a anunciar o iOS 16, daqui três meses, a última adição da Apple foi o suporte às carteiras de habilitação nos EUA, prometido com o lançamento do sistema. Por lá, o estado do Arizona foi o primeiro a oferecer suporte. Espera-se que a novidade chegue em outros estados americanos em breve.
Com apenas três meses até a WWDC 2022, que deve ocorrer em junho, a Apple lançou as funções prometidas com o iOS 15 pouco antes de anunciar o seu sucessor. Mas, afinal, será que a gente realmente lembra de tudo o que chegou nessa última geração?
Seja no iOS, seja no Android, as atualizações de sistema tendem a ser cada vez mais incrementais. Assim, aquelas mudanças mais chamativas e maiores, a exemplo dos widgets do iOS 14 e o redesign do Android 12, ficam mais espaçadas. Nestes casos, é bom lembrar o que o último sistema trouxe de novo.
Na versão de lançamento do iOS 15, o sistema trouxe novidades importantes, como o redesign do navegador Safari; os novos mapas 3D do Apple Maps; uma cara completamente nova para o aplicativo Tempo; memórias na galeria de fotos, com direito a integração com o Apple Music; um novo modo Foco, permitindo limitar as notificações de acordo com o contexto do usuário, e muito mais.
Das funções que eu mais gostei no iOS 15, os recursos nativos para videochamadas, como o isolamento de áudio e o desfoque do fundo, certamente estão entre os meus favoritos. Eu também adoro a função Live Text, sobretudo pela ‘naturalidade’ com que ela reconhece textos em imagens e páginas da web.
Live text do iOS 15 reconhece textos em fotos e páginas da web automaticamente. Além de permitir a tradução dos conteúdos, recurso compreende quando se trata de um endereço de e-mail ou telefone, oferecendo outras ações.
No iOS 15.1, o destaque ficou com a função SharePlay, que permite reunir diversos amigos, via FaceTime, e compartilhar atividades. Como exemplo, é possível assistir filmes e séries por streaming, ouvir músicas e ver vídeos – tudo juntinho.
No Brasil, dá pra supor que o SharePlay não fez tanto sucesso, especialmente porque se restringe ao ecossistema da Apple. Apesar disso, outra novidade importante do iOS 15 foram as salas compartilhadas do FaceTime, que permitem convidar amigos com smartphones Android.
Partindo para o iOS 15.2, as novidades mais importantes foram o relatório de privacidade dos apps e os contatos de legado. Acessíveis a partir dos Ajustes, o primeiro permite verificar quando e por quantas vezes um app acessou determinados dados. Ainda é possível saber se a câmera ou o microfone foram usados, bem como se houve algum acesso à rede.
No caso dos contatos de legado, é possível encontrá-los no menu do ID Apple (Ajustes > ‘Seu Nome‘ > Senha e Segurança > Contato de Legado). Ao definir um, essa pessoa ficará como um ‘inventariante’ da sua herança virtual, podendo baixar dados da sua conta por até 3 anos após o seu falecimento. Naturalmente, é necessário comprovar o óbito para tal.
Para o iOS 15.3, a Apple se restringiu às otimizações de sistema, lançando a atualização sem qualquer recurso novo. Assim, as funcionalidades faltantes, como o Controle Universal a compatibilidade do app Carteira com as IDs norte-americanas, só vieram mesmo no iOS 15.4, lançado semana passada.
Com o iOS 16 “logo ali”, há quem espere grandes novidades da atualização. Eu, particularmente, adoraria ver mais opções de personalização, sobretudo no teclado, e novas funções de câmera (um modo astrofotografia, talvez?).
Saberemos no início de junho, período em que será realizada a WWDC22.
Relacionados: