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Análise: Mac Studio com M2 Max, o desktop dos sonhos

Com processador M2 Max, o novo Mac Studio mostra que os chips próprios da Apple estão com tudo. Confira o review do novo desktop da empresa.

Em junho, a Apple anunciou a segunda geração do Mac Studio, agora com os chips M2 Max e M2 Ultra. Apesar do visual manter-se idêntico ao modelo lançado em 2022, a empresa apostou em melhorias internas para aperfeiçoar este desktop que pode bater de frente com o poderoso Mac Pro e mostra todo o poder dos chips próprios da Apple em relação aos demais competidores do mercado de PC.

Nas últimas semanas, o Nova Post vem testando o Mac Studio com processador M2 Max e 32GB de RAM cedido pela Apple, junto do Studio Display, que já foi analisado aqui. Abaixo, você confere as minhas impressões sobre este produto, que não só mudou a minha relação com o home office, mas como também tem me ajudado a ser mais produtivo.

Design e conectividade

O Mac Studio (2023) é idêntico ao modelo lançado em 2022. Costumeiramente chamado de um Mac mini em cima do outro, este produto pesa 2,7 kg e tem 9,5 cm de altura por 19,7 cm de comprimento e profundidade. Feito de metal escovado, ele traz um recorte na parte superior com o logo da Apple em uma finalização lustrosa, assim como nos MacBooks atuais.

Na parte de baixo, ele tem inscrito Mac Studio e traz diversos furinhos para ajudar na ventilação da máquina, assim como na parte traseira. Ao colocá-lo na mesa, é praticamente impossível ver as saídas de ar, então é quase como se ele fosse uma peça única de metal, completamente envelopada, dando um visual bastante premium e elegante para qualquer mesa de escritório – e, claro, é a combinação perfeita com o Studio Display.

Análise do Apple Studio Display

Dito isso, apesar da parte de fora parecer igual, nem todas as portas de fato são. O Mac Studio com processador M2 Max traz uma entrada HDMI 2.1, que pode transmitir imagens em 8K a 60Hz ou 4K a 240Hz com suporte a taxa de atualização variável, HDR e multicanais de áudio.

Já na parte de dentro, a Apple o redesenhou para melhorar sua dissipação de calor e evitar que as ventoinhas sejam utilizadas ou que a máquina superaqueça. Nos meus testes (e isso eu vou falar mais abaixo), nunca ouvi o barulho dela, mesmo ao editar vídeos ou quando o sol esta diretamente no computador.

O Mac Studio com M2 Max conta com:

  • Quatro portas Thunderbolt 4
  • Ethernet de até 10 Gb
  • Duas portas USB-A
  • Uma porta HDMI
  • Entrada para fones de ouvido de 3,5mm
  • Duas portas frontais USB-C
  • Slot frontal para cartão SDXC

Estas portas são mais do que suficientes para quem precisa conectar múltiplos monitores e acessórios. O leitor para cartão de câmera é mais do que bem-vindo e a diferença deste modelo para o com chip M2 Ultra é que as portas dianteiras também usam a tecnologia Thunderbolt, que garante velocidade maior para transferir dados ou carregar outros produtos, como um iPhone ou até um MacBook Pro de 14 polegadas.

Desempenho: Rápido como um foguete e veloz como um avião

O Mac Studio pode ser configurado com até 192GB de RAM com o chip M2 Ultra e até 8TB de armazenamento. Ao todo, ele pode ter um desempenho de CPU até 3,3x mais rápido que a geração anterior, um desempenho de GPU 6,1x mais rápido e aprendizado de máquina até 5,9x mais rápido, aguentando até 22 streams de vídeo 8K ProRes 422. Em outras palavras, é impressionante até onde este desktop pode ir.

Dito isso, o modelo cedido pela Apple para o Nova Post é a versão de entrada com 32GB de RAM e processador M2 Max. A diferença é que em vez de ter 512GB de armazenamento, ele tem 1TB.

Nestas configurações, ele é similar ao MacBook Pro de 14 ou 16 polegadas de 2023, que também pode ser configurado com o chip M2 Max, 32GB de RAM e 1TB de armazenamento. A diferença, claro, é que enquanto um modelo você pode levar para todos os lugares, este acaba sendo focado para uma experiência de escritório, já que é necessário conectá-lo a um monitor e aos periféricos (teclado e mouse).

Ao compará-lo com o meu último MacBook, um modelo com chip M1 Pro e 16GB de RAM, é como se eu pudesse fazer tudo o que eu fazia nele, mas com ainda mais velocidade e utilizando aplicativos que super demandam mais poder de processamento, mas sem precisar fechar outros softwares para ter o melhor desempenho.

Como jornalista, a maior parte do meu trabalho é focado em edição de textos e pequenas edições de imagem, o que, claro, o Mac Studio lida como se ele nem estivesse se esforçando. Como criador de conteúdo em construção, utilizar aplicações como o GarageBand, Photomator ou o Final Cut Pro X, também rodam sem problema nenhum.

Especialmente com o Final Cut, eu posso editar vídeos em 4K vendo a resolução real da gravação sem ter drop frames ou ter a máquina engasgando. É realmente uma experiência única.

Processador M2 Max no detalhe

A Apple diz que o processador M2 Max do Mac Studio de 2023 tem potência para enfrentar desafios de “quase todos os tamanhos”, seja para gravar suas próprias batidas sonoras, mixar músicas com qualidade profissional, editar seu primeiro vídeo ou adicionar efeitos a um longa metragem.

Em comparação ao M1 Max, esse chip traz:

  • Desempenho da CPU até 1,8x melhor;
  • Desempenho da GPU até 3,6x melhor;
  • Aprendizado de máquina até 4,4x mais rápido.

Nos nossos testes com o Geekbench 6, os resultados de single core foram 12% superior ao M1 Max, 17% superior no multicore e uma melhora de 36% na GPU.

benchmark do Mac Studio com chip M2 Max

Este é um salto considerável entre gerações, principalmente ao pensar que este chip bate o M1 Ultra – o melhor processador da Apple em 2022 – nos resultados single core de CPU e os de GPU, perdendo apenas para os resultados no multi-core.

Isso significa que não só os processadores da Apple são tão impressionantes quanto players conhecidos do mercado Windows, mas graças à otimização entre sistemas e programas dedicados, tanto o M2 Max quanto o M2 Ultra brilham em edições pesadas de vídeo, modelagem em 3D e muito mais.

Para quem utiliza aplicações que usam inteligência artificial, que precisam identificar objetos, pessoas, cenas, etc, a atualização de um chip da família M1 para o M2 Max é gritante, já que a melhora no aprendizado de máquina é um dos pontos fortíssimos deste processador.

Aventurando-se pelo macOS Ventura e à espera do macOS Sonoma

Com especificações de hardware de ponta, nada mais justo do que o sistema operacional acompanhar toda essa potência, não é mesmo? Bem, nem sempre. O Mac Studio com M2 Max foi anunciado junto da prévia do macOS Sonoma, o sistema operacional que a Apple vai lançar nos próximos meses.

Dito isso, para fazer esta análise, eu segui rodando o macOS Ventura, que se encontra na versão 13.5.1 e que é a mais nova e mais estável que um Mac pode rodar e que já está sendo aperfeiçoado pela Apple há quase um ano.

Apesar do sistema contar com integrações importantíssimas entre dispositivos – como, por exemplo, me deixar usar a tela do iPad como continuação do Studio Display ou utilizar a câmera do iPhone para chamadas de vídeo do Mac, etc – ele sofre com alguns engasgos que não condizem com a potência que ele tem.

Especialmente, falo aqui do Safari. Já faz um tempo que ele tem apresentado problemas para manejar RAM e garantir que tudo rode perfeitamente. Por exemplo, ao escrever um longo artigo ou ao manter diversas páginas abertas, é normal que apareça uma mensagem dizendo que a página está requerendo demais do sistema e que ela precisa ser recarregada. Com isso, não só há um atraso nas informações mostradas, como diversas vezes vi o Mac travar por causa do navegador.

Para evitar estas questões, tenho usado o Microsoft Edge, que tem sido mais responsivo e faz jus a todo o poder do Mac Studio com M2 Max.

Fora isso, estou com boas expectativas em relação ao macOS Sonoma, que, apesar de não trazer tantas funções quanto versões passadas do sistema, foca em melhorias do software – e eu acho que é isso que a Apple precisa focar, porque o hardware, de maneira geral, está muito bom, seja ao falar de MacBook, de Mac Studio ou qualquer outro produto da empresa.

Vale a pena comprar o Mac Studio de entrada?

O que eu acho mais interessante no Mac Studio é que tudo nele grita potência, mas ele tem um design tão charmoso, que não parece uma peça intimidadora como é o caso do Mac Pro. Enquanto o Mac mini tem uma carinha mais de tarefas diárias – o que não é verdade porque ele também faz absurdos – o Mac Studio é mais parrudo, cheio de portas e pode ser configurado com o melhor processador disponível da Apple.

Dito isso, o modelo de entrada não deixa a desejar por nada. Apesar de ser possível conseguir as mesmas configurações com o MacBook Pro, o M2 Max é ideal para um desktop.

Ou seja, apesar de você perder a mobilidade de um MacBook, você pode desbloquear todo o potencial do M2 Max, já que o Mac Studio tem espaço de sobra e ventoinhas dedicadas para que o processador chegue ao limite sem engasgar, enquanto usuários de MacBook geralmente preferem prolongar a bateria durante o uso em vez de ficarem conectados a uma tomada após apenas algumas horas de uso.

A minha dica para quem está de olho neste desktop é entender o fluxo de trabalho. Se edição de vídeo ou de foto é uma parte importante, recomendo atualizar armazenamento interno. E se você realiza muitas tarefas pesadas ao mesmo tempo, pode ser que 32GB de RAM seja um impedimento ao longo prazo, mas o M2 Max é mais do que suficiente

Preço e considerações finais

O Mac Studio com M2 Max começa em R$ 22.999,00, preço inferior ao MacBook Pro com mesmo chip que tem preço inicial de R$ 36.999,00 na versão de 14 polegadas. Com uma diferença brutal de valor, é importante lembrar que este desktop não vem com nenhum acessório, portanto é importante colocar na conta o monitor que você vai usar – e se for um Studio Display, são mais de R$ 16.000,00 nessa equação – além do mouse e do teclado – que as opções da Apple também são acima de R$ 1.000,00.

Se a barreira do dinheiro não for um impedimento, o que eu posso dizer é que esta é uma daquelas máquinas resistentes ao futuro. Você vai usá-la por anos a fio junto do Studio Display e os acessórios Magic Keyboard e Magic Mouse da Apple.

Não tenho pontos negativos nesta análise que digam “cuidado com X, porque pode dar problema no futuro” ou coisa parecida. Pelo lado do software, a Apple sempre está trabalhando para melhorá-lo e o que não faltam são opções de aplicativos para o usuário escolher.

Por isso, se é potência ao máximo que você procura, você acaba de achar o seu desktop perfeito – que é o Mac Studio.

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